
Entre as Luzes e as Trevas o Amanhecer Esmeralda
Entre as Luzes e as Trevas o Amanhecer Esmeralda
Desanimo e frustração. São sentimentos que assolam aqueles que perderam a esperança em qualquer mudança positiva em uma era em que o planeta passou a ser modificado pela espécie animal dominante: a espécie humana. A mudança climática é apenas um dos efeitos da ação do homem, soma se a isso a extinção em massa de outras espécies e a degradação dos oceanos. No dia-a-dia assusta a apatia da sociedade diante do mais diverso rol de crimes
contra o homem e contra a natureza. Pais e professores se veem desolados diante de uma juventude alienada à educação, luz do conhecimento e força motriz do avanço da civilização.
A humanidade flutua inerte na Idade das Trevas novamente? Em que os hipócritas a enganam, os pérfidos a defraudam, os ambiciosos a usurpam e os corruptos e sem princípios, abusam da confiança dos povos?
Como se a história fosse cíclica, surge no horizonte deste cenário crítico o alvorecer de uma Nova Renascença. O avanço tecnocientífico vertiginoso e exponencial que permite a descoberta de outras tecnologias ainda mais avançadas. A mudança nas formas de relacionamento social com a internet. Uma economia globalizada seguida do nascer de um novo modelo econômico de crescimento qualitativo que irá enterrar o nosso modelo atual de crescimento quantitativo ilimitado em um planeta limitado.
No século XVII o Renascimento foi uma revolução intelectual, científica e artística que envolveu o surgimento de uma nova sociedade e de novas relações sociais em seu cotidiano. Uma nova concepção de vida adotada por uma parcela da sociedade marcada por transformações em muitas áreas da vida humana, assinalando o final da Idade Média (apelidada de Idade das Trevas) e o início da Idade Moderna.
No século seguinte, o Século das Luzes, o Iluminismo procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento prévio. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor, mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.
A ignorância é a mãe de todos os vícios e seu princípio é “nada saber, saber mal o que saber e saber coisas outras além do que deve saber”. Um povo ignorante é escravo, mesmo que viva sob a mais livre das constituições. Os ignorantes perturbam e desmoralizam a sociedade, evitando que os homens conheçam seus direitos. São inimigos do progresso que, para dominar, afugentam as luzes, intensificam as trevas e permanecem em constante combate contra a verdade, contra o bem e contra a perfeição.
Eis a necessidade dos nossos tão desvalorizados professores. Nossos estimuladores da busca pelo conhecimento, da curiosidade, da inventividade, da criatividade, da ciência e do saber. Proibidos de educar sentem-se à margem de uma sociedade em que a maioria prefere deitar-se sob as sombras da ignorância.
Da mesma forma que o Renascimento definiu um redespertar da identidade cultural e intelectual no fim da Idade das Trevas, esta nova revolução, que teve início no fim dos anos 60 pode definir a história do século XXI caso tenha êxito. A luta contra a tirania, os preconceitos, os erros e os ignorantes aliada a mudança de nossos hábitos, tecnologias e ações poderiam ser lembradas como o renascimento do nosso modo de viver, como o início de uma nova época, rumo à um desenvolvimento sustentável em que a pálida luz verde da esperança está nas pessoas e em suas atitudes.
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